Esquisito
Que esquisito, acho que agora comi mosquito.
Eu que me achava
perito tive um feio veredito.
Pediram-me uma trova e mandei um poema bonito.
Era um poema de proza, agora estou frito.
Achei que foi feio, mas só o tempo dá o veredito.
Tudo que foi escrito, eu não acredito que perco no grito.
Se for para rimar
eu vou te falar que ninguém vai me ganhar.
Já que ficou feio agora é bonito e vou detonar.
Não me faço de rogado nem sou o delegado.
Ou o que vai julgar, aqui não tem quem possa me condenar.
Minha gente; acho que aqui só tem inteligente.
De repente o que era esquisito se tornou bonito.
Vim aqui não para me julgar e condenar.
Vim aqui para me apresentar e disputar.
Vim aqui saber quem irá ganhar essa trova.
A trova que não é prosa que quero ganhar. Paulo Franco.
Nenhum comentário:
Postar um comentário