terça-feira, 10 de junho de 2025

O Jovem e a Samambaia

O Jovem e a Samambaia Há um jovem que caminha, Com os olhos no horizonte, Uma vida por construir, Um amor ainda em frente. Seus passos são leves, Como folhas ao vento, Sonhos que se espalham, Num céu de firmamento. Ele olha pra samambaia, Raízes rasas, frágeis, Agarradas à superfície, Mas verdes, sempre belas. Ela dança com o ar, Sem medo de cair, Pois vive do instante, Sem se aprofundar. Mas há outra árvore ali, Forte, grande, enraizada, Com tronco que resiste, À tempestade bravia. Suas raízes mergulham, No solo, no segredo, Buscam a verdade, Que sustenta o seu jeito. O jovem então pensa: Qual delas serei? A que vive na pressa, Ou a que cresce na fé? A samambaia é formosa, Mas não dá fruto algum, Já a árvore, calada, Floresce e alimenta o chão. Então ele decide: Quero raízes profundas, Mesmo que demore, Mesmo que doa. Pois só quem se funda, No que é essencial, Pode um dia erguer-se, E ser eterno, igual. Paulo Franco.

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