Savana na Pracinha
Savana, riso solto no balanço,
O vento brinca em seus cabelos de luz.
Seus pés descalços na areia, seu jeito
De princesa, de fada, de tudo o que ela quiser,
O mundo é seu, e o tempo também.
Eu me sento no banco, observo,
E a sombra das lembranças vem:
Era eu naquele mesmo lugar,
Depois meus filhos, agora você...
Como a vida repete sua melodia.
O mesmo escorregador que um dia
Me levou ao chão com alegria,
A mesma gangorra que subia
Até o céu — hoje é sua vez,
Savana, de tocar as nuvens.
Que bom ver uma criança
Construindo felicidade com nada,
Apenas com o agora, o simples,
O vento, o sol, a liberdade
De ser pequena e dona do mundo.
Brinca, Savana, que o tempo voa,
Mas a pracinha fica, e a alegria também.
Um dia, quem sabe, você sentará aqui
E lembrará deste poema, deste dia,
Desta infância que nunca se perde.
Paulo Franco.
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