sexta-feira, 2 de maio de 2025

O Vinho da Alegria

O Vinho da Alegria Há na taça um rubro brilho, Um segredo antigo e santo, Que despertou no meu encanto O mais puro doce vinho. Do alvarinho ao tinto cheiro, Do bourdeaux ao suave branco, Cada aroma é um romance, Cada gole, um mundo inteiro. Nas taças de cristal fino, O licor dança e suspira, Como um beijo que delira Nos lábios de um peregrino. O tinto, sangue da terra, O branco, luz do verão, O rosé, doce canção Toda alegria se encerra. E lembro o milagre em Caná, Quando a água, humilde e pura, Virou vinho da doçura No casamento sem igual. Porque o Senhor, em seu ardor, Sabia que a vida é breve, E quis que o homem, em sua sede, Bebesse também amor. Então ergamos a taça, Neste instante fugidio, Pois o vinho é o sorriso Que a tristeza despedaça. E bebamos sem temor, Como quem sabe que um dia Toda água se faria Em vinho… e o vinho, em amor! Paulo Franco.

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