Reflexão: "O Único Dia que Existe"
A gente nasce uma vez. Morre uma vez. E no meio? Ah, no meio fica aquilo que ninguém nos ensina direito: viver não é só passar pelo tempo, é pertencer a ele.
Celebrar não é só abrir champanhe no ano novo ou soprar velas. É perceber que o sol nasceu de novo e que você estava lá para ver. É notar que a árvore que estava florida ontem hoje está nua, e mesmo assim continua bela. É entender que a vida não espera, mas convida: para o café quente, para o abraço demorado, para o silêncio que também fala.
Valorizar não é guardar coisas na memória como quem coleciona selos. É sentir o cheiro da chuva no asfalto e lembrar que você já correu descalço nessa mesma água quando era criança. É ouvir uma música antiga e deixar que ela te leve de volta a um instante que, na época, parecia banal e hoje você sabe que era puro.
Até a dor tem seu lugar. Porque é ela que nos lembra: estamos aqui, vivos, sentindo. E se dói, é porque importa. Se machuca, é porque ainda há amor, mesmo que escondido atrás da saudade.
No fim, a grande sabedoria não está em acumular anos na vida, mas vida nos anos. Respirar fundo e agradecer pelo ar que entra e sai, sem pedir licença. Olhar para as pessoas e entender que cada uma carrega dentro de si um universo inteiro e que você, hoje, pode ser o astro que ilumina o caminho de alguém.
Porque o passado já se foi, o futuro é incerto, e o presente... ah, o presente é o único dia que existe. Viva-o como se fosse o primeiro. Como se fosse o último. Como se fosse o único.
Paulo Franco.
Nenhum comentário:
Postar um comentário