O Sabichão
No reino das letras, das artes e das ciências,
Vivia um sujeito cheio de presunções,
O Sabichão, mestre das aparências,
Donzelo de orgulho, príncipe das ilusões.
"Eu não preciso de ajuda de ninguém!"
Gritava, erguendo a voz com vaidade.
"Sozinho eu resolvo, eu sei tudo também,
Minha mente é um poço de habilidade!"
Os amigos tentavam, com jeito e cuidado,
Oferecer conselho, um ombro, um favor.
Mas ele, altivo, sempre revoltado,
Dizia que aceitar era sinal de fraqueza e dor.
Um dia, um problema surgiu, colossal,
Uma encrenca que nem ele podia vencer.
Tentou, forçou, mas foi um desastre fatal,
E o orgulho começou a tremer.
Foi então que um sábio, de longe, lhe falou,
Com voz serena, trazendo clareza:
Filho, até os reis precisam se curvar,
Pois “na multidão de conselheiros há sabedoria” (Provérbios 11:14).
O Sabichão, então, caiu em si,
Entendeu que sozinho ninguém é forte.
Aprendeu que pedir ajuda não é fim,
Mas o caminho mais certo para a sorte.
E assim, humilde, deixou o orgulho de lado,
Achou na união sua maior vitória.
Porque até o sábio, quando é aconselhado,
Escreve sua história com mais glória.
Moral:
Sozinho, o Sabichão só se perde,
Mas com conselho, a estrada se abre.
Pois quem não ouve, não cresce, não vê.
A verdadeira sabedoria é saber quem sabe. Paulo Franco.
Nenhum comentário:
Postar um comentário