Eu e a porteira

La no ranchinho, sentado na porteira, vejo A sexta hora chegar...Já começa escurecer e o iambú começa Cantar...Leia mais!

Ferro frio

Há quanto tempo você vem batendo em ferro frio? Às vezes você tem pelejado com algo em sua .Leia mais...

Olhai os lírios do campo

O verão vem chegando, as folhas caem... O vento sussurra a esperança se vai...Leia mais...

Pirncipe e princesa

Um príncipe casou, muitos foram ver e outros o criticou... A quantas andaria o amor?Leia mais...

Será que vou conseguir?

Na vida, às vezes passamos por problemas Que julgamos não poder mais prosseguir... É como se estivéssemos diante de uma porta Que fosse muito pequena...Leia mais...

O infinito

Uma amiga me pediu para escrever uma poesia Usando o infinito... Mais o que seria o infinito?Leia mais...

O infinito

Se todos te quisessem como eu Você seria a pessoa mais querida do mundo... Se todos te amassem como eu Você seria uma deusa... Se todos te adorassem como eu Você seria minha para sempre... Leia mais...

domingo, 3 de agosto de 2025

É Difícil Amar o Outro Sem Amar a Si

 

É Difícil Amar o Outro Sem Amar a Si



É difícil você gostar do outro

se você não gosta de você.

O amor alheio é espelho, é rio,

é o que transborda do que cabe em seu ser.


Hoje, escutei na música:

"É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã."

E pensei: como amar sem fôlego,

se o peito está vazio de si mesmo?


Depois, folheando a Bíblia, li:

"Amar ao próximo como a ti mesmo."

E entendi que o amor começa no próprio nome,

na aceitação da própria sombra,

no abraço que se dá antes de estender os braços.


Não há amor no outro

que não passe primeiro por dentro.

Não há amanhã sem o hoje,

nem flor que cresça sem raiz.


Amar, então, é um ato de coragem:

olhar no espelho e dizer "sim",

para depois dizer "sim" ao mundo. Paulo Franco.


sábado, 2 de agosto de 2025

O Café do Meu Pai

 

O Café do Meu Pai


Para Nicanor, que escrevia até no vento


Eu escutando Nat King Cole

e de repente ele volta...

não só em sombras, não só em nome,

mas em cheiro de café fresco,

em passos que ecoam no corredor,

em xícaras que nunca mais se repetiram.


Meu pai trazia o mundo na palma da mão,

um café amargo e doce como a tarde,

um líquido que era memória antes de ser gole.

Nunca mais bebi nada igual...

porque não era café, era presença,

era um ritual de amor em forma de aroma.


Ele escrevia em qualquer coisa:

no verso do tempo, no papel de pão,

nas sobras do dia que ninguém guardava.

Suas palavras eram sementes

plantadas em caixas de sapato,

em envelopes velhos, no ar que respiro agora.


Lembrança é uma vida que não se apaga.

É o que fica quando o pó da xícara seca,

quando a música termina e o silêncio

me traz seus passos de novo.

Meu pai era um homem que cabia

numa canção, num verso, num gole frio

de algo que nunca mais será quente.


E eu escrevo... escrevo como ele,

em qualquer lugar, com qualquer coisa,

para que o café não esfrie de vez,

para que seus passos não virem poeira,

para que o papel de pão guarde,

para sempre, o pão da sua voz.


Paulo Franco.


sexta-feira, 1 de agosto de 2025

O Perfume Que Me Habita

 

O Perfume Que Me Habita


Meu amor,

seu cheiro me alucina,

não é só aroma, é assinatura,

é o rastro de você que fica

na pele do ar, na minha memória.


Até quando distante,

sinto seu perfume,

um fantasma doce,

um êxtase que não se apaga.


O mesmo frasco,

a mesma essência,

mas em você ganha outro tom:

fica quente, vivo,

como se o corpo o reinventasse,

como se só você soubesse

a alquimia certa

para me conquistar.


E é gostoso,

é delícia pura,

deitar e sentir você,

não aqui, ao lado,

mas em cada partícula do ar,

nessa fragrância que não se desfaz,

nesse cheiro que me domina

e, mesmo longe,

me faz seu.


Paulo Franco


quarta-feira, 23 de julho de 2025

A Inspiração?!

 

A Inspiração?!


Ah, meus caros... De onde vem, afinal, essa danada da inspiração? Será que ela mora nos detalhes que a gente vê, naquela "percepção externa" que insiste em bater na porta dos sentidos? Ou será que ela é mais traiçoeira, mais profunda, um sopro que vem de dentro, como um eco de algo que não se explica, apenas se sente?


Pode ser que sim, pode ser que não! Às vezes, ela chega disfarçada de coincidência: uma conversa aleatória, um cheiro que te joga no passado, um pedaço de música que atravessa o peito sem pedir licença. Outras vezes, ela é pura alquimia espiritual, uma voz que não faz barulho, mas que gruda na mente feito melodia de um disco riscado.


E quando a inspiração vem do vácuo? Quando você tá lá, quieto no seu canto, e de repente; BAM! Uma ideia te acerta como um raio em céu limpo? Isso é magia ou neuroquímica? Será que a gente inventa ou apenas traduz o que já estava flutuando no ar, esperando alguém pescar?


Ah, mas tem mais... E aqueles dias em que a inspiração some feito água entre os dedos? Quando você fica olhando pro teto, pro papel em branco, pro vazio, e nada vem? Será que ela é uma entidade caprichosa, que só aparece quando quer? Ou será que a gente é que fica surdo pra ela quando a mente tá cheia de ruído?


Talvez a inspiração seja isso: um diálogo secreto entre o mundano e o divino. Às vezes ela pousa no ombro feito um pássaro manso; outras, precisa ser caçada com rede e facão no meio do breu da mente.


No fim, o que importa é que ela existe, e quando chega, é melhor agarrar com unhas e dentes antes que escorra pelo ralo do tempo.


Pois é... Pensa nisso. Ou não pense. Só não deixa ela te achar desprevenido.


Paulo Franco.



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