Eu e a porteira

La no ranchinho, sentado na porteira, vejo A sexta hora chegar...Já começa escurecer e o iambú começa Cantar...Leia mais!

Ferro frio

Há quanto tempo você vem batendo em ferro frio? Às vezes você tem pelejado com algo em sua .Leia mais...

Olhai os lírios do campo

O verão vem chegando, as folhas caem... O vento sussurra a esperança se vai...Leia mais...

Pirncipe e princesa

Um príncipe casou, muitos foram ver e outros o criticou... A quantas andaria o amor?Leia mais...

Será que vou conseguir?

Na vida, às vezes passamos por problemas Que julgamos não poder mais prosseguir... É como se estivéssemos diante de uma porta Que fosse muito pequena...Leia mais...

O infinito

Uma amiga me pediu para escrever uma poesia Usando o infinito... Mais o que seria o infinito?Leia mais...

O infinito

Se todos te quisessem como eu Você seria a pessoa mais querida do mundo... Se todos te amassem como eu Você seria uma deusa... Se todos te adorassem como eu Você seria minha para sempre... Leia mais...

terça-feira, 5 de agosto de 2025

O Sabichão

 

O Sabichão


No reino das letras, das artes e das ciências,

Vivia um sujeito cheio de presunções,

O Sabichão, mestre das aparências,

Donzelo de orgulho, príncipe das ilusões.


"Eu não preciso de ajuda de ninguém!"

Gritava, erguendo a voz com vaidade.

"Sozinho eu resolvo, eu sei tudo também,

Minha mente é um poço de habilidade!"


Os amigos tentavam, com jeito e cuidado,

Oferecer conselho, um ombro, um favor.

Mas ele, altivo, sempre revoltado,

Dizia que aceitar era sinal de fraqueza e dor.


Um dia, um problema surgiu, colossal,

Uma encrenca que nem ele podia vencer.

Tentou, forçou, mas foi um desastre fatal,

E o orgulho começou a tremer.


Foi então que um sábio, de longe, lhe falou,

Com voz serena, trazendo clareza:

Filho, até os reis precisam se curvar,

Pois “na multidão de conselheiros há sabedoria” (Provérbios 11:14).


O Sabichão, então, caiu em si,

Entendeu que sozinho ninguém é forte.

Aprendeu que pedir ajuda não é fim,

Mas o caminho mais certo para a sorte.


E assim, humilde, deixou o orgulho de lado,

Achou na união sua maior vitória.

Porque até o sábio, quando é aconselhado,

Escreve sua história com mais glória.


Moral:

Sozinho, o Sabichão só se perde,

Mas com conselho, a estrada se abre.

Pois quem não ouve, não cresce, não vê.

A verdadeira sabedoria é saber quem sabe. Paulo Franco.


segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Florzinha dos Meus Sonhos

 

Florzinha dos Meus Sonhos


Assim te idealizei,

Num jardim de devaneios,

Pétalas de esperança,

Perfume de desejo.


Assim te desejei,

Nos segredos do vento,

No murmúrio das estrelas,

No silêncio do tempo.


Até que um dia,

A fada madrinha sorriu,

E num brilho de magia,

O destino cumpriu.


Foi festa no céu,

Harpa de anjos a tocar,

Pássaros em coro,

A natureza a cantar.


O amor no ar,

Mais doce que mel,

O sonho mais lindo,

Aconteceu fiel.


Florzinha querida,

Raiz do meu ser,

Contigo a vida

É só florescer.           Paulo Franco.


domingo, 3 de agosto de 2025

É Difícil Amar o Outro Sem Amar a Si

 

É Difícil Amar o Outro Sem Amar a Si



É difícil você gostar do outro

se você não gosta de você.

O amor alheio é espelho, é rio,

é o que transborda do que cabe em seu ser.


Hoje, escutei na música:

"É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã."

E pensei: como amar sem fôlego,

se o peito está vazio de si mesmo?


Depois, folheando a Bíblia, li:

"Amar ao próximo como a ti mesmo."

E entendi que o amor começa no próprio nome,

na aceitação da própria sombra,

no abraço que se dá antes de estender os braços.


Não há amor no outro

que não passe primeiro por dentro.

Não há amanhã sem o hoje,

nem flor que cresça sem raiz.


Amar, então, é um ato de coragem:

olhar no espelho e dizer "sim",

para depois dizer "sim" ao mundo. Paulo Franco.


sábado, 2 de agosto de 2025

O Café do Meu Pai

 

O Café do Meu Pai


Para Nicanor, que escrevia até no vento


Eu escutando Nat King Cole

e de repente ele volta...

não só em sombras, não só em nome,

mas em cheiro de café fresco,

em passos que ecoam no corredor,

em xícaras que nunca mais se repetiram.


Meu pai trazia o mundo na palma da mão,

um café amargo e doce como a tarde,

um líquido que era memória antes de ser gole.

Nunca mais bebi nada igual...

porque não era café, era presença,

era um ritual de amor em forma de aroma.


Ele escrevia em qualquer coisa:

no verso do tempo, no papel de pão,

nas sobras do dia que ninguém guardava.

Suas palavras eram sementes

plantadas em caixas de sapato,

em envelopes velhos, no ar que respiro agora.


Lembrança é uma vida que não se apaga.

É o que fica quando o pó da xícara seca,

quando a música termina e o silêncio

me traz seus passos de novo.

Meu pai era um homem que cabia

numa canção, num verso, num gole frio

de algo que nunca mais será quente.


E eu escrevo... escrevo como ele,

em qualquer lugar, com qualquer coisa,

para que o café não esfrie de vez,

para que seus passos não virem poeira,

para que o papel de pão guarde,

para sempre, o pão da sua voz.


Paulo Franco.


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