Eu e a porteira

La no ranchinho, sentado na porteira, vejo A sexta hora chegar...Já começa escurecer e o iambú começa Cantar...Leia mais!

Ferro frio

Há quanto tempo você vem batendo em ferro frio? Às vezes você tem pelejado com algo em sua .Leia mais...

Olhai os lírios do campo

O verão vem chegando, as folhas caem... O vento sussurra a esperança se vai...Leia mais...

Pirncipe e princesa

Um príncipe casou, muitos foram ver e outros o criticou... A quantas andaria o amor?Leia mais...

Será que vou conseguir?

Na vida, às vezes passamos por problemas Que julgamos não poder mais prosseguir... É como se estivéssemos diante de uma porta Que fosse muito pequena...Leia mais...

O infinito

Uma amiga me pediu para escrever uma poesia Usando o infinito... Mais o que seria o infinito?Leia mais...

O infinito

Se todos te quisessem como eu Você seria a pessoa mais querida do mundo... Se todos te amassem como eu Você seria uma deusa... Se todos te adorassem como eu Você seria minha para sempre... Leia mais...

segunda-feira, 7 de julho de 2025

O Diamante do Tejuco que Virou Constelação

 

O Diamante do Tejuco que Virou Constelação


O Furtivo

Roubado da coroa portuguesa

Não por mão humana, mas por um sopro de vento norte,

o diamante escapuliu do cofre real,

subiu as serras em noite de nevoeiro

e se plantou no céu de Minas,

entre o Curral del Rey e a Boca do Inferno.


A Transfiguração

Os padres dizem que foi milagre,

os garimpeiros juram que foi feitiço:

o Tejuco, maior que um punho fechado,

derreteu-se em luz azulada,

virou seis estrelas cintilantes

um carbunco celeste

a desafiar os mapas dos astrônomos.


A Procissão dos Mineiros

Toda noite de São João,

homens com lamparinas de trempe

sobem o Itacolomi em silêncio,

procurando no céu

o reflexo perdido da pedra:

"Lá está!", grita um velho, apontando

para onde a Via Láctea derrama seu leite

sobre a Serra do Espinhaço.

(Mas é só Vênus,

enganando os bêbados de saudade.)


O Segredo do Ourives-Mor

Na confraria dos que sabem,

contam que o diamante nunca subiu ao céu:

"Ele desceu,

e agora dorme no fundo do Ribeirão do Carmo,

coberto por musgo e lendas,

esperando que um filho de Chico-Rei

o encontre outra vez

e o devolva à terra que o pariu."


O Astronauta (Epílogo Moderno)

Em 1969,

quando o homem pisou na Lua,

um mineiro de Diamantina jurou

ter visto o Tejuco piscar

lá do alto da abóboda celeste

como quem ri

da vaidade dos impérios. Paulo Franco.


domingo, 6 de julho de 2025

SEM CHÃO, MAS NÃO SEM VOZ




SEM CHÃO, MAS NÃO SEM VOZ

"Sem palavras, a pressão emudece meu coração.

A indefinição que me deixa no chão."


E aí você está – grávida, sozinha, sem um teto, sem um abraço que diga "vai passar". O mundo pesa nos ombros como uma laje de concreto, e o futuro parece um quarto escuro sem portas. Mas escute: o desespero é um mentiroso. Ele sussurra que você não vai conseguir, que ninguém se importa, que a vida já decidiu seu fim antes mesmo de você começar.


Mas a vida não decide por você.


Você é mais forte do que o medo que te paralisa. Mais resistente do que a solidão que te cerca. Mais capaz do que os olhares julgadores que te cercam. A criança que cresce dentro de você não é um fardo – é uma semente de coragem. E sementes, minha flor, precisam de terra dura para brotar.


NÃO EXISTE FRAQUEZA EM PEDIR AJUDA.


Procure uma igreja, um abrigo, um posto de saúde.


Estenda a mão, mesmo que trema. Alguém vai segurá-la.


Você não é invisível. Você não está sozinha.


E quando a noite vier e o silêncio apertar seu peito, lembre-se: até as estrelas nascem no escuro. Você não está caindo – está se preparando para levantar.


"O chão que hoje te sustenta é o mesmo que amanhã você vai pisar com orgulho."


(Paulo Franco, o Shakespeare de Uberlândia)


sábado, 5 de julho de 2025

Savana na Pracinha


 

Savana na Pracinha


Savana, riso solto no balanço,

O vento brinca em seus cabelos de luz.

Seus pés descalços na areia, seu jeito

De princesa, de fada, de tudo o que ela quiser,

O mundo é seu, e o tempo também.


Eu me sento no banco, observo,

E a sombra das lembranças vem:

Era eu naquele mesmo lugar,

Depois meus filhos, agora você...

Como a vida repete sua melodia.


O mesmo escorregador que um dia

Me levou ao chão com alegria,

A mesma gangorra que subia

Até o céu — hoje é sua vez,

Savana, de tocar as nuvens.


Que bom ver uma criança

Construindo felicidade com nada,

Apenas com o agora, o simples,

O vento, o sol, a liberdade

De ser pequena e dona do mundo.


Brinca, Savana, que o tempo voa,

Mas a pracinha fica, e a alegria também.

Um dia, quem sabe, você sentará aqui

E lembrará deste poema, deste dia,

Desta infância que nunca se perde.


Paulo Franco.

Não


 

Não


Há uma palavra pequena, mas forte,

Que muitos calam, sufocam na garganta.

Negam a si mesmos, carregam a sorte

Alheia nas costas, e a alma se quebranta.


Não.


Não é rudeza, não é desamor,

É o limite que o seu peito reclama.

Quem tudo aceita, sem ouvir o valor

Próprio, se perde na névoa da alma.


Quantas vezes você disse "sim"

Com os lábios, mas o coração gritava?

Quantas vezes, por medo do fim,

Engoliu o "não" que o mundo escutava?


Não seja ponte para quem só passa,

Não seja abrigo de quem não traz luz.

Dizer "não" também é graça,

É dar ao seu ser o amor que merece, e é Jesus.


Amanhã, quando a pressão vier,

Respire fundo, escute sua voz.

O "não" que planta, um dia colhe

O respeito que nasce em você, por você.


Paulo Franco.

LEITURA

LEITURA

 
Real Time Web Analytics