Eu e a porteira

La no ranchinho, sentado na porteira, vejo A sexta hora chegar...Já começa escurecer e o iambú começa Cantar...Leia mais!

Ferro frio

Há quanto tempo você vem batendo em ferro frio? Às vezes você tem pelejado com algo em sua .Leia mais...

Olhai os lírios do campo

O verão vem chegando, as folhas caem... O vento sussurra a esperança se vai...Leia mais...

Pirncipe e princesa

Um príncipe casou, muitos foram ver e outros o criticou... A quantas andaria o amor?Leia mais...

Será que vou conseguir?

Na vida, às vezes passamos por problemas Que julgamos não poder mais prosseguir... É como se estivéssemos diante de uma porta Que fosse muito pequena...Leia mais...

O infinito

Uma amiga me pediu para escrever uma poesia Usando o infinito... Mais o que seria o infinito?Leia mais...

O infinito

Se todos te quisessem como eu Você seria a pessoa mais querida do mundo... Se todos te amassem como eu Você seria uma deusa... Se todos te adorassem como eu Você seria minha para sempre... Leia mais...

sábado, 20 de setembro de 2025

A Lâmpada acesa

 

A Lâmpada acesa


Uma lâmpada acesa durante o dia

pode passar despercebida,

ninguém nota seu brilho,

ninguém agradece sua luz.


Mas basta a noite cair…

basta a escuridão tomar conta do caminho,

e lá está ela — firme, simples, acesa —

guiando passos que nem sabe de quem são.


Assim é a bondade,

assim é a fé,

assim é aquele que ama em silêncio

e ilumina mesmo sem aplauso ou plateia.


Tem gente que só brilha quando tudo é claro…

mas há outros que, como a lâmpada esquecida,

só mostram sua força

quando o mundo precisa de luz.


E nesse momento, meu irmão,

não importa o tamanho da lâmpada,

nem o lugar onde ela foi colocada.

O que importa é que ela cumpre seu propósito:

clarear.


Porque ser luz não é aparecer.

É servir.

E mesmo que ninguém veja,

Deus vê. Paulo Franco.


segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Amanheceu aqui na fazenda.


 

Amanheceu aqui na fazenda.


O gado chegou ontem, cansado da estrada, mas firme.

Todos já estão no curral, prontos pra lida.

O galo cantou antes do sol, como quem avisa: “é hora!”


As novilhas, novatas na vida,

esperam seu primeiro leite com um olhar manso.

A outra parte... ah, essa vai pra você,

caminhoneiro que escuto passar na estrada vermelha,

aguardando um queijinho fresco, um pãozinho macio

e aquele cafezinho passado na hora!


Ai, ai... que maravilha é contemplar tudo isso.

Esse cheiro de terra molhada, de curral limpo,

de vida que recomeça com o canto do dia.


E esse sabor, amigo, vai longe...

Vai até sua casa,

vai chegar no seu lar.

Porque aqui no campo,

o amor também é colhido de manhã cedo. Paulo Franco.

quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Prosa poética

 

Prosa poética


A gratidão... ela não é um simples "obrigado" dito por educação. Não. Ela é mais profunda, é um estado de alma. É quando a gente para no meio do corre-corre, olha em volta e, num rompante de lucidez, aprende a dar valor ao que se tem. Ao que já veio e ficou, às cicatrizes que viraram história, à mesa não tão farta, mas compartilhada. E, num ato de coragem, também ao que ainda está por vir, àquela semente que a gente planta no escuro, confiando na chuva e no sol que ainda não viram.


Agora, o reconhecimento... ah, esse é diferente. Esse é a ponte. É o fio que tece a nossa pequenez com a grandeza d'Ele. Não é sobre merecimento, porque merecer... merecer a gente não merece nada. A vida não é uma troca, um sistema de pontos. É sobre graça. Pura e simples.


E aí brota esse sentimento, sabe? É um sentimento lucrativo, no sentido mais rico da palavra. Não lucrativo pro bolso, mas pro espírito. Ele enriquece a alma de uma paz que o mundo não vende. É quando você olha pra um amanhecer, pro abraço inesperado, pro pão de cada dia que apareceu na hora certa, e você tem a certeza. A certeza de que aquilo foi um presente. Um presente embrulhado em mistério, entregue por mãos invisíveis.


É aquele momento de clareza em que você sussurra: "Isso não foi por mim, não foi pela minha força... foi por Ele." E aí, no peito, não cabe gratidão. Cabe é um reconhecimento calado, uma dívida de amor que se paga apenas vivendo, honrando cada presente imerecido.


É isso. Reconhecer é se render à evidência de que somos amados, muito além do que qualquer merecimento poderia alcançar.        Paulo Franco.


quarta-feira, 3 de setembro de 2025

SENHOR, EU PRECISO DE PAZ

 

Senhor,


Diante de Ti, eu me coloco com o coração aberto.

Eu preciso de Paz.

Não apenas uma calma passageira, mas aquela Paz profunda que só o Senhor pode dar.

A Paz que acalma a tempestade dentro de mim, que silencia as ansiedades da minha mente e aquieta o meu espírito inquieto.

Que eu seja um oásis de tranquilidade, mesmo no meio do caos.


Eu preciso de Serenidade.

A serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar,

a coragem para mudar aquelas que posso,

e a sabedoria para distinguir uma da outra.

Que eu possa confiar plenamente no Teu cuidado, sabendo que em cada momento da minha vida, Tu estás comigo, guiando os meus passos.

Que nada me perturbe, nada me espante.


E eu preciso de Amor.

Mais do que receber amor, Senhor, eu te peço: ensina-me a amar.

Amplia a minha capacidade de amar.

Tira do meu coração todo o julgamento, o egoísmo e o medo que me impedem de amar livre e profundamente.

Que o meu amor seja gesto de bondade, palavra de ânimo, ouvido atento e mão estendida.

Enche-me do Teu Amor, para que eu possa transbordar e levar isso aos outros.


Senhor, eu Te entrego este meu desejo.

Acredito que o Senhor já está atendendo ao meu pedido,

pois foi o próprio Senhor quem colocou esta súplica no meu coração.


Assim seja. Amém.                              Paulo Franco.


quarta-feira, 20 de agosto de 2025

FALSIDADE

 

FALSIDADE


Uma amiga me pediu para escrever sobre falsidade. A mente, traiçoeira, logo fugiu para idade. Pensei nas criancinhas, dessas que não têm maldade, cujo sorriso é um mapa do tesouro com o "X" marcando o lugar do coração. Lembrei das palavras do Mestre: "Deixai vir a mim as criancinhas, pois delas é o reino do céu." Um reino onde as palavras significam o que são, sem dicionários para explicar o amor.


Corri ao dicionário, buscando o antônimo exato daquela sombra. Falsidade. Encontrei "veracidade", "sinceridade". Termos secos, técnicos, que não cheiram a nada. Fiquei decepcionado. Parecia que o livro todo estava confuso, embaralhando definições de almas com um dicionário interno desregulado.


O mundo precisava de uma nova edição, revisada e ampliada. E eu, se pudesse, reescreveria aquelas páginas gastas. Revisaria "veracidade" a tinta vermelha e, na margem, com letra de criança, escreveria LEALDADE.


Eis que a vida, poetisa maior, ditou o verbete.


Num canto de calçada, o mundo se reduzia. Um velhinho, mapa de rugas contando histórias de solidão, deitado sobre um colchão de papelão. Ao lado, sua carroça de papel, cujo motor é a força da mão e a teimosia de existir. Em seu colo, um rabo abanava preso a um corpo peludo, um lindo e alegre cachorrinho. Dois reis destronados, donos de um império de afeto.


Então, o asfalto rugiu. Um lindo carrão, blindado contra a realidade, parou. Dele desceu um furacão de perfume francês, um cheiro tão forte que quase apagou o cheiro do mundo. Uma senhora muito rica, envolta em fios de ouro e tecidos que custam mais que todos os sonhos daquela calçada.


O valor daquele frasco, pensei, daria para comprar ração para o resto da vida do cão. Uma vida inteira de lealdade, trocada por algumas gotas de aroma que não conseguem mascarar o vazio.


Ela olhou, apontou. Disse: "Que gracinha!" A palavra, oca, ecoou contra o muro e se esvaiu no vento, um elogio não ao conjunto, mas ao acessório fofo. Ela passou. Levou o perfume. Levou o elogio vazio. Deixou a falsidade pairando no ar, como um gás pesado e doce.


E então, o verbete se completou.


O cachorrinho não leu dicionários. Não entendeu de perfumes ou carros. Ele levantou o focinho, observou a fina rainha que partiu, e então… enterrou sua cabeça no colo surrado do velhinho. Em um ato singelo, profundo e definitivo, o amou.


Ali, naquela calçada, estava a definição viva. O antônimo de falsidade não é uma palavra. É um gesto. É a lealdade que aquece o colo mais frio, que escolhe o afeto sobre o conforto, que abana o rabo mesmo quando o mundo todo passa ao largo, sem ver os reis que ali habitam.


O dicionário estava mesmo errado. E o cachorro, sábio professor de uma única cátedra, o reescreveu com um simples, e eterno, ato de amor.


Paulo Franco.




sábado, 16 de agosto de 2025

Lua Nova de Elul

 

Lua Nova de Elul


Entre o verão que se dobra

e o outono que sussurra,

ergue-se Elul

lua fina, faca de prata,

cortando o tempo em silêncio.


Os campos já não gritam colheitas,

os rios carregam espelhos fundos

onde os justos lavam seus nomes.

Até os pássaros,

esses loucos cantores

ficam quietos,

de bicos fechados,

ouvindo o shofar invisível

que só toca no peito.


O mercador conta suas moedas,

o poeta, suas palavras vazias.

Até o mendigo na esquina

rei sem coroa

revira os bolsos,

achando migalhas de perdão.


De noite, as estrelas piscam códigos:

"Quem tem medo do ano que vem?"

E a lua, sempre ela,

velha fiandeira

tece fios de mel

sobre os telhados.


Elul não é mês, é portal.

Passagem estreita

onde até as sombras

precisam de luz.


Que comece a dança dos arrependidos.

O céu está pronto

para escutar.                     Paulo Franco.


segunda-feira, 11 de agosto de 2025

Lavando a Alma com Sabedoria

 

Lavando a Alma com Sabedoria


Sabia que não é o sabão que lava, não?

É a água que leva a sujeira no chão!

O sabão age como um quebra-tensão,

Soltando a gordura numa reação.

Suas moléculas têm cabeça e rabo,

Uma ama água, a outra foge do aguado.

A parte que gruda no óleo e na graxa,

Enquanto a água arrasta toda a bagaça!


E o arco-íris, tão lindo no céu,

É a luz do sol se partindo no véu!

Cada gota de chuva age como um prisma,

Dividindo a luz num verdadeiro cisma.

Vermelho lá fora, roxo lá dentro,

Se houver dois no céu, olhe atento:

O segundo é mais fraco, chama-se "arco-íris gêmeo",

Um raro fenômeno que parece um enfeite bem pequeno!


O morango? Não é fruta, é um engodo!

Os pontinhos pretos é que são o fruto todo.

O que a gente mastiga é só um receptáculo inchado,

Os verdadeiros frutos? Aqueles carocinhos do lado!

E tem mais: banana é uma erva, não árvore,

E abacaxi amadurece melhor de ponta-cabeça, que loucura!


A Torre Eiffel no verão ganha altura,

O metal dilata, é lei da termofísica pura!

No calor, ela cresce até 15 cm,

No inverno, encolhe, ninguém vê, mas tem!

E sabia que ela brilha à noite?

São 20 mil lâmpadas num espetáculo direito!


O cérebro humano não sente dor,

Pode cortar, que ele fica à toa, sem pavor.

Mas ele comanda todo o seu corpo,

E se algo dói, é alerta: "Olha o disfarce, por favor!"

E tem mais: ele gera energia pra lâmpada,

Cerca de 20 watts, que nem uma lampadinha fraca!


O mel nunca estraga, é um alimento eterno,

Arqueólogos acharam em tumbas do Egito, superando o terno!

Isso acontece porque é ácido e sem água,

Bactérias e fungos não acham graça.

E as abelhas batem asas 200 vezes por segundo,

Por isso zumbem mais que um ronco profundo!


Curiosidade bônus:

O umbigo guarda um ecossistema,

Milhares de bactérias num micro reino.

E o poeira cósmica que cai na Terra?

São 100 toneladas por dia, sem guerra!


Então, se lavar, lembre: água é poder,

O sabão ajuda, mas quem remove é o correr!

E a vida é cheia desses fatos curiosos,

O mundo é mágico, mas também científico!


Agora você sabe mais – e com rimas, hein?

Que tal espalhar essas pérolas também?

Desde a química até os astros no espaço,

Cada detalhe é um verso cheio de graça!


Se rir ou aprender, deixe um "ahá!",

Porque conhecimento também é diversão, olê lá!


Paulo Franco.



sábado, 9 de agosto de 2025

A Grandeza da Vida e o Amor que Nos Move

 

A Grandeza da Vida e o Amor que Nos Move



Meus irmãos, hoje eu parei. Sim, simplesmente parei. Olhei para o céu, para as estrelas, para planetas distantes como o K2-18b, um mundo tão longe, tão misterioso, e pensei: "Como somos pequenos, e ainda assim, tão amados."


Quantos já se foram? Quantas almas passaram por esta Terra, deixando seu legado, seu amor, suas histórias? E aqui estamos nós, respirando, sentindo, amando. Isso não é um milagre? Isso não é a maior prova do poder de Deus?


A vida é um presente. Cada segundo, cada respiro, cada batimento do coração é um convite à gratidão. Porque mesmo nos dias mais difíceis, quando a dor parece maior que a esperança, há uma força maior nos sustentando. O universo é imenso, mas o amor de Deus é maior ainda.


E é esse amor que deve nos mover. Amor pela vida, pelas pessoas, por nós mesmos. Quantas vezes nos cobramos, nos julgamos, nos achamos pequenos diante dos problemas? Mas eu te digo: você é obra das mãos do Criador. Você é luz. Você é capaz.


Então hoje, respire fundo. Olhe para o céu, para as estrelas, para o infinito, e sinta: você não está sozinho. Você é parte de algo maior. E enquanto há vida, há esperança. Enquanto há amor, há força.


Agradeça. Ame mais. Viva com intensidade. Porque o milagre não está apenas no vasto universo lá fora, mas dentro de você, agora.


Paz e bem.


Paulo Franco.


terça-feira, 5 de agosto de 2025

O Sabichão

 

O Sabichão


No reino das letras, das artes e das ciências,

Vivia um sujeito cheio de presunções,

O Sabichão, mestre das aparências,

Donzelo de orgulho, príncipe das ilusões.


"Eu não preciso de ajuda de ninguém!"

Gritava, erguendo a voz com vaidade.

"Sozinho eu resolvo, eu sei tudo também,

Minha mente é um poço de habilidade!"


Os amigos tentavam, com jeito e cuidado,

Oferecer conselho, um ombro, um favor.

Mas ele, altivo, sempre revoltado,

Dizia que aceitar era sinal de fraqueza e dor.


Um dia, um problema surgiu, colossal,

Uma encrenca que nem ele podia vencer.

Tentou, forçou, mas foi um desastre fatal,

E o orgulho começou a tremer.


Foi então que um sábio, de longe, lhe falou,

Com voz serena, trazendo clareza:

Filho, até os reis precisam se curvar,

Pois “na multidão de conselheiros há sabedoria” (Provérbios 11:14).


O Sabichão, então, caiu em si,

Entendeu que sozinho ninguém é forte.

Aprendeu que pedir ajuda não é fim,

Mas o caminho mais certo para a sorte.


E assim, humilde, deixou o orgulho de lado,

Achou na união sua maior vitória.

Porque até o sábio, quando é aconselhado,

Escreve sua história com mais glória.


Moral:

Sozinho, o Sabichão só se perde,

Mas com conselho, a estrada se abre.

Pois quem não ouve, não cresce, não vê.

A verdadeira sabedoria é saber quem sabe. Paulo Franco.


segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Florzinha dos Meus Sonhos

 

Florzinha dos Meus Sonhos


Assim te idealizei,

Num jardim de devaneios,

Pétalas de esperança,

Perfume de desejo.


Assim te desejei,

Nos segredos do vento,

No murmúrio das estrelas,

No silêncio do tempo.


Até que um dia,

A fada madrinha sorriu,

E num brilho de magia,

O destino cumpriu.


Foi festa no céu,

Harpa de anjos a tocar,

Pássaros em coro,

A natureza a cantar.


O amor no ar,

Mais doce que mel,

O sonho mais lindo,

Aconteceu fiel.


Florzinha querida,

Raiz do meu ser,

Contigo a vida

É só florescer.           Paulo Franco.


domingo, 3 de agosto de 2025

É Difícil Amar o Outro Sem Amar a Si

 

É Difícil Amar o Outro Sem Amar a Si



É difícil você gostar do outro

se você não gosta de você.

O amor alheio é espelho, é rio,

é o que transborda do que cabe em seu ser.


Hoje, escutei na música:

"É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã."

E pensei: como amar sem fôlego,

se o peito está vazio de si mesmo?


Depois, folheando a Bíblia, li:

"Amar ao próximo como a ti mesmo."

E entendi que o amor começa no próprio nome,

na aceitação da própria sombra,

no abraço que se dá antes de estender os braços.


Não há amor no outro

que não passe primeiro por dentro.

Não há amanhã sem o hoje,

nem flor que cresça sem raiz.


Amar, então, é um ato de coragem:

olhar no espelho e dizer "sim",

para depois dizer "sim" ao mundo. Paulo Franco.


sábado, 2 de agosto de 2025

O Café do Meu Pai

 

O Café do Meu Pai


Para Nicanor, que escrevia até no vento


Eu escutando Nat King Cole

e de repente ele volta...

não só em sombras, não só em nome,

mas em cheiro de café fresco,

em passos que ecoam no corredor,

em xícaras que nunca mais se repetiram.


Meu pai trazia o mundo na palma da mão,

um café amargo e doce como a tarde,

um líquido que era memória antes de ser gole.

Nunca mais bebi nada igual...

porque não era café, era presença,

era um ritual de amor em forma de aroma.


Ele escrevia em qualquer coisa:

no verso do tempo, no papel de pão,

nas sobras do dia que ninguém guardava.

Suas palavras eram sementes

plantadas em caixas de sapato,

em envelopes velhos, no ar que respiro agora.


Lembrança é uma vida que não se apaga.

É o que fica quando o pó da xícara seca,

quando a música termina e o silêncio

me traz seus passos de novo.

Meu pai era um homem que cabia

numa canção, num verso, num gole frio

de algo que nunca mais será quente.


E eu escrevo... escrevo como ele,

em qualquer lugar, com qualquer coisa,

para que o café não esfrie de vez,

para que seus passos não virem poeira,

para que o papel de pão guarde,

para sempre, o pão da sua voz.


Paulo Franco.


sexta-feira, 1 de agosto de 2025

O Perfume Que Me Habita

 

O Perfume Que Me Habita


Meu amor,

seu cheiro me alucina,

não é só aroma, é assinatura,

é o rastro de você que fica

na pele do ar, na minha memória.


Até quando distante,

sinto seu perfume,

um fantasma doce,

um êxtase que não se apaga.


O mesmo frasco,

a mesma essência,

mas em você ganha outro tom:

fica quente, vivo,

como se o corpo o reinventasse,

como se só você soubesse

a alquimia certa

para me conquistar.


E é gostoso,

é delícia pura,

deitar e sentir você,

não aqui, ao lado,

mas em cada partícula do ar,

nessa fragrância que não se desfaz,

nesse cheiro que me domina

e, mesmo longe,

me faz seu.


Paulo Franco


quarta-feira, 23 de julho de 2025

A Inspiração?!

 

A Inspiração?!


Ah, meus caros... De onde vem, afinal, essa danada da inspiração? Será que ela mora nos detalhes que a gente vê, naquela "percepção externa" que insiste em bater na porta dos sentidos? Ou será que ela é mais traiçoeira, mais profunda, um sopro que vem de dentro, como um eco de algo que não se explica, apenas se sente?


Pode ser que sim, pode ser que não! Às vezes, ela chega disfarçada de coincidência: uma conversa aleatória, um cheiro que te joga no passado, um pedaço de música que atravessa o peito sem pedir licença. Outras vezes, ela é pura alquimia espiritual, uma voz que não faz barulho, mas que gruda na mente feito melodia de um disco riscado.


E quando a inspiração vem do vácuo? Quando você tá lá, quieto no seu canto, e de repente; BAM! Uma ideia te acerta como um raio em céu limpo? Isso é magia ou neuroquímica? Será que a gente inventa ou apenas traduz o que já estava flutuando no ar, esperando alguém pescar?


Ah, mas tem mais... E aqueles dias em que a inspiração some feito água entre os dedos? Quando você fica olhando pro teto, pro papel em branco, pro vazio, e nada vem? Será que ela é uma entidade caprichosa, que só aparece quando quer? Ou será que a gente é que fica surdo pra ela quando a mente tá cheia de ruído?


Talvez a inspiração seja isso: um diálogo secreto entre o mundano e o divino. Às vezes ela pousa no ombro feito um pássaro manso; outras, precisa ser caçada com rede e facão no meio do breu da mente.


No fim, o que importa é que ela existe, e quando chega, é melhor agarrar com unhas e dentes antes que escorra pelo ralo do tempo.


Pois é... Pensa nisso. Ou não pense. Só não deixa ela te achar desprevenido.


Paulo Franco.



segunda-feira, 21 de julho de 2025

A ÁRVORE E OS FRUTOS

 

A Árvore e os Frutos


A árvore, pelos frutos a conhecereis...

Não há maçãs de ouro, nem laranjas de prata,

a árvore boa não cobra, não vende, não pactua,

ela apenas dá.


Você já viu um pé de manga com máquina de cartão?

Ou um cajueiro que exige nota fiscal pro seu doce?

Não! Os bons frutos caem de graça,

rolam no chão, alimentam o bicho, o homem, a alma.


Assim somos nós:

Faça o bem sem olhar a quem,

que o vento leva a semente, mas a terra devolve o pão.

Nunca acredite no velho engano:

"Conselho grátis não presta, só o pago é de valor."

Há sabedoria que não se compra,

há amor que não se vende,

há frutos que só nascem

quando as mãos estão abertas.


Cuidado com a árvore de frutos amargos!

Se envenenam o solo, corta-a logo.

Mas se os frutos são doces,

se cuida, se rega, se honra,

pois deles vem o sustento,

e o sustento não tem preço.


Pois é...

Até o conselho mais simples,

quando vem de raiz pura,

pode ser bênção.

E bênção, meu irmão,

não se cobra,

se planta.


Assinado: Um aprendiz do vento, que carrega sementes, não contas a pagar.


Paulo Franco.



domingo, 13 de julho de 2025

O Senhor dos Exércitos e a Vitória em Seu Exército

 

O Senhor dos Exércitos e a Vitória em Seu Exército


"O Senhor dos Exércitos" (em hebraico: Yahweh Sabaoth) é um dos nomes mais poderosos de Deus nas Escrituras, destacando Sua soberania sobre todos os exércitos celestiais e humanos. Ele é o Comandante Supremo, o Deus que luta pelas Suas causas e garante a vitória aos que O seguem com fidelidade.


1. Quem é o Senhor dos Exércitos?


  • Seu nome aparece mais de 270 vezes na Bíblia, especialmente nos livros dos profetas (ex.: 1 Samuel 17:45, Isaías 6:3, Malaquias 3:17).

  • Ele não é apenas um Deus de paz, mas o General das batalhas espirituais e físicas (Salmo 24:8-10).

  • Seu exército inclui anjos, estrelas, profetas, guerreiros e todos os que creem Nele (2 Reis 6:15-17; Josué 5:13-15).


2. Como Fazer Parte Desse Exército e Ser Vitorioso?


Para ser um soldado vitorioso no exército de Deus, você precisa:


a) Reconhecer que a Batalha é do Senhor


  • "Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor" (Zacarias 4:6).

  • Exemplo: Davi venceu Golias não por sua habilidade, mas porque lutou em nome do Senhor dos Exércitos (1 Samuel 17:45-47).


b) Vestir a Armadura Espiritual


  • "Revesti-vos de toda a armadura de Deus" (Efésios 6:10-18).

  • Cinto da verdade (integridade).

  • Couraça da justiça (santidade).

  • Calçados do Evangelho (prontidão para servir).

  • Escudo da fé (proteção contra dúvidas).

  • Capacete da salvação (mente protegida).

  • Espada do Espírito (a Palavra de Deus).

c) Obedecer às Estratégias Divinas


Josué seguiu ordens incomuns (marchar em silêncio, trombetas) e venceu Jericó (Josué 6).


Gideão reduziu seu exército de 32.000 para 300 homens para mostrar que a vitória vinha de Deus (Juízes 7).


d) Manter Comunhão e Oração


  • "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação" (Mateus 26:41).

  • A oração é a arma mais poderosa do crente (Tiago 5:16).


e) Confiar na Promessa de Vitória


  • "Em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por meio daquele que nos amou" (Romanos 8:37).

  • "Maior é Aquele que está em vós do que aquele que está no mundo" (1 João 4:4).


3. Batalhas que o Senhor dos Exércitos Já Venceu


  • Êxodo do Egito (Deus derrotou Faraó com pragas e abriu o Mar Vermelho).

  • Queda de Jericó (muros caíram sem um só golpe de espada).

  • Vitória de Davi sobre Golias (um jovem venceu um gigante com uma pedra e fé).


4. Como Saber se Estou no Exército de Deus?


  • Você segue a Cristo (João 15:5).

  • Você obedece à Sua voz (João 10:27).


Você luta com armas espirituais, não carnais (2 Coríntios 10:4).


Conclusão: A Vitória é Certa!


Se você está no exército do Senhor dos Exércitos, sua vitória não depende da sua força, mas da Sua presença e poder.


  • Seja fiel, mesmo nas pequenas batalhas.

  • Use a armadura de Deus todos os dias.

  • Confie que Ele já decretou sua vitória!


"Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo!" (1 Coríntios 15:57).


Paulo Franco.


sábado, 12 de julho de 2025

OPINIÃO

 

Opinião


Foi por uma ideia que ele sujou a mão,

O tempo passou e o seu time caiu no chão...

Nem participa da grande decisão.

A política e o político sumiram da disputa em questão...

Ficou só a poeira e a porta fechada, nenhuma grana,

Nenhum troféu na mão.


Você perdeu o amor e também a razão,

Tudo por causa de uma simples opinião.

Agora não tem volta, não tem solução,

A sua escolha virou pedra no coração.

Hoje você paga o preço de uma suposição errada,

que nem mais está em questão.


O tempo rodou, a vida seguiu,

E você ficou parado, sem luz, sem juízo...

Você perdeu a razão por causa da maldita opinião.

Paga o preço agora de uma ilusão,

Uma suposição que nem existe mais, não.


É meu caro, a história já mudou,

E você? Ficou pra trás, só o pó...

A mão vazia, o peito em dor, só lembrança do horror...

Tudo porque acreditou numa só visão, sem amor.


Opinião... que ironia, não?

Te fez rei e te deixou no chão. Paulo Franco.


Se Meu Coração Falasse

 

Se Meu Coração Falasse


Se você me sentiu com o coração,

Foi por isso que gostou de mim...

Meu amor não é ilusão,

É verdade, puro e sem fim.


Ninguém pode me roubar

O que guardo aqui dentro,

Nem o vento, nem o mar,

Nem o tempo, nem o tempo...


Porque o amor que eu te dei

Não se apaga, não se esconde,

Ele brilha, ele vai

Além da noite e do monte.


Se um dia a vida nos separar,

Lembre-se: eu te amo tanto,

Que até o céu vai se espelhar

No nosso amor, no nosso encanto.     Paulo Franco.


sexta-feira, 11 de julho de 2025

FORÇA E FÉ

 


FORÇA E FÉ


Há dias que o sol teima em não nascer,

E o vento corta feito um punhal.

Mas guarda no peito esse segredo, guerreiro:

Nenhuma tormenta é pra sempre igual.



Se a vida é um verso sem métrica certa,

Rima com fé no lugar de "talvez".

O chão que hoje treme sob tua camisa

Será o mesmo que erguerá teus pés.



Não chores as pedras do teu caminho 

Esculpe-as em degraus, um a um.

Até o silêncio que dói no ouvido

Vira canção quando aprende a voz.



O medo é só um verso mal lido,

Um rascunho de dor no caderno.

Vira a página, poeta da vida:

O teu poema ainda está no inferno.



Porque há uma força que o tempo não dobra,

Feita de raiz e de asa ao mesmo porvir.

E mesmo que a noite te diga "acabou",

O dia é só mais um nome pra seguir.


Paulo Franco.


quinta-feira, 10 de julho de 2025

JUDEU PERSEGUINDO JUDEU

 

JUDEU PERSEGUINDO JUDEU – O Que Sente o Divino?"


O PESAR DO ETERNO


Entre os escombros da história,

Onde o povo eleito ergueu seus altares,

Eis que surge a mais dolorosa das narrativas:

A mão que deveria proteger, golpeia;

O irmão que deveria amar, condena.


O que sente o Senhor dos Exércitos

Ao ver seus filhos dilacerarem-se em Seu Nome?

Que lágrima cai do firmamento

Quando o sangue de Abrahão mancha as mãos

Daqueles que carregam sua semente sagrada?


ECO DOS TEMPOS


Foi no deserto que Miriã contestou Moisés,

Nos pátios do Templo que os zelotes se traíram,

Nos guetos da Europa que alguns escolheram

A sobrevivência de uns sobre o extermínio de outros.


E hoje, sob o sol do Mediterrâneo,

Onde deveria florescer a união,

Ressurge o espectro de Caim –

Não mais com pedras, mas com decretos e palavras,

Enquanto o mundo observa e murmura:

"Vejam como eles se amam."


O SILÊNCIO DE DEUS


Não há trovão que ecoe mais forte

Do que o silêncio do Onipotente

Diante de tanta contradição.

Talvez Ele esconda o rosto,

Não por ira, mas por vergonha –

Não da essência de Seu povo,

Mas da pequenez humana

Que até os escolhidos contaminou.


O CHAMADO FINAL


Que os profetas modernos levantem a voz:

"Não foi para isso que sobrevivemos!"

Que as mães de Jerusalém ensinem aos filhos:

"A verdadeira santidade está no abraço,

Não na pedra atirada."


Pois no Juízo Final,

Quando as perguntas forem feitas,

Não bastará dizer "Fui fiel à Torá" –

Mas sim: "Amaste teu irmão judeu

Como a ti mesmo?"


(Assinado com terra do cerrado e lágrimas do Jordão,

O escriba das contradições humanas.)

Paulo Franco.


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